Chegado de bem longe, passando tanto alcatrão gasto e rochas vigorosas nas pastagens, mas amolecidas pelo sol abrasador, olhei em redor, sentindo a brisa forte, denunciando que mares mais revoltos por ali se acercavam…Já não havia piscinas quentes de mar…O mar avistava-se calmo, mas frio…Uma característica tão comum a este barlavento que começa em Albufeira e desemboca nas correntes mais frias do Atlântico, que têm como berço as praias de Vila do Bispo e Aljezur!Dizem que foi aqui que nasceu esse vasto império que teve o ponto máximo com a divisão de Tordesilhas! Aqui, olhando esse infinito encastrado no horizonte marítimo, mais do que essa certeza de um planeta redondo, sabemos e comprovamos a nossa pequenez!Aqui, a partir de Sagres, depois de tanta globalização nesta era moderna, ainda há questões por desvendar…Nada mais me ocorre que não o silêncio em contraste com o barulho das ondas e do vento!Aqui, sinto esse barlavento! Essa plenitude que nos encolhe, que nos transforma em humildade, que nos desenvolve um humanismo capaz de assumir que não somos capazes de tudo!Mesmo que tenhamos a coragem de enfrentar ventos e marés!E o homem que sempre confrontou a natureza para se transportar, viajando nos tempos, não por entre os tempos!Por cada linha que se lança ao mar, por cada minuto de paciência, há um suspiro de leveza do ser que liberta o coração…Não há limites para os sentimentos!Há percursos mentais que se fecham no desconhecido…O que estará para além daquele infinito?Que outras gentes se perguntam sobre o lado de cá deste oceano profundo?Fomos tão grandes!E agora?O que somos agora?Que pedaços de terra temos para nos sustentar?O que vamos expropriar para cultivar?Essa cultura que tanto nos falta para preencher o conhecimento e a gastronomia!Essa cultura que nos falta para sobrevivermos no futuro!O tempo é hoje!E ainda é tempo de ser feliz…De embarcar de novo e expandir as nossas capacidades…De produzir e sermos grandes de novo!
Infinito.
Agosto 8, 2011 por Carlos
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